Fervendo os ingredientes

Os preparativos para cobertura do Canja e a mídia colaborativa

*Texto por Marina Paschoalli e Renata Takahashi

Às 18h desta quinta-feira começa oficialmente o @festivalcanja. A abertura do evento no Teatro Municipal vai ser seguida de sua primeira atração, mas a verdade é que o Canja já começou há dias.

Além das 65 mudas de árvores plantadas essa manhã, parte do projeto Canja Verde, a produção pré-Canja tem rolado frenética na sede do Enxame Coletivo e também pelas repúblicas de Bauru. Na noite de ontem, quarta-feira, uma das reuniões do #canjacolaborativa reuniu a comunicação do Enxame, representada por Gabriel Ruiz, e duas estudantes de jornalismo a fim de fazer parte da equipe da cobertura.

Depois de uma mesa redonda na UNESP discutindo a desmistificação da produção cultural, o Gabriel apareceu cansado (e um pouco atrasado), mas cheio de idéias e dicas para a cobertura colaborativa. A produção coletiva da informação é algo novo, que busca revolucionar o funcionamento da cobertura de festivais. “A galera colabora como pode, com vídeo, texto, áudio, foto. A coisa acontece em tempo real, a idéia é jogar o material quase cru na rede”.

Enquanto mostrava vídeos do Macondo Circus de 2009, Gabriel contava sobre sua experiência por aqueles lados. "Foi a maior cobertura colaborativa do Brasil. É mais ou menos o que está sendo planejado para Bauru." Gabriel ensinou também que esse tipo de cobertura democratiza a informação e aproxima o artista, que se torna mais acessível. Assim, temos uma dinâmica alternativa à da grande mídia para produção de informação.

Em uma sala de república com um dinossauro no teto, entre cigarros e alguns copos de cerveja, as dúvidas e esclarecimentos continuaram até o começo da madrugada de hoje, quando o cansaço bateu forte e não deu pra segurar o sono.

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